De acordo com os últimos dados publicados pela Agência Europeia do Ambiente (a 26/10/2022 em https://www.eea.europa.eu/), as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) registaram uma redução de 32% no período entre 1990 e 2020, considerando que é uma redução notável tendo em conta os objetivos de redução previamente estabelecidos para 2020. Segundo os dados da Agência, estimativas preliminares indicam que houve um aumento em 2021, com valores que ainda assim ficaram abaixo dos níveis pré-pandémicos. De acordo com a mesma publicação, os aumentos registados em 2021 advêm essencialmente da recuperação ocorrida após a pandemia, com a utilização de fontes de energia com maiores emissões no segundo semestre do ano. Assim, os Estados Membros terão de continuar a alinhar os seus esforços para alcançar a redução de 55% das emissões até 2030.
Seja para prestarem o seu contributo ao cumprimento de metas nacionais e internacionais ou por diferentes motivações, como cumprimento legal, requisitos de clientes, fornecedores ou outras partes interessadas da sua cadeia de valor, seja por motivações internas dos próprios setores ou até de forma voluntária, as organizações procuram cada vez mais conhecer os seus impactes e a marca deixada pela sua atividade, produto ou serviço.
Nos diversos impactes gerados incluem-se os impactes ambientais e, dentro destes, os impactes provocados pelas emissões de GEE, aspeto que tem contribuído para a integração da contabilização de emissões de GEE na agenda estratégica das organizações. Esta contabilização pode servir de base para a definição de metas e objetivos concretos de redução, além de contribuir diretamente para as fases de transição que estão em curso, particularmente em matéria de energia e clima.
A utilização de metodologias internacionais reconhecidas permite que as organizações caracterizem e quantifiquem os GEE gerados pela sua atividade, em âmbitos mais estreitos ou mais alargados, construindo assim uma base de apoio à tomada de decisão.
O cálculo pode ser apoiado em diferentes metodologias e cadernos técnicos publicados por diversas entidades, estando entre as mais reconhecidas:
Greenhouse Gas Protocol – GHG Protocol
International Organization for Standardization - ISO
Podendo ainda ser utilizadas ferramentas de apoio, como bases de dados e softwares específicos, como acontece no caso das ferramentas para a avaliações de ciclo de vida.
Tendo em conta princípios de aplicabilidade, integridade, consistência, transparência e exatidão, podemos dividir o procedimento de cálculo em quatro principais etapas, que se desdobram em diferentes atividades, sendo elas:
1. Definição de âmbito e pressupostos
a). Objetivo e natureza da avaliação
b). Âmbitos e fronteiras do sistema em estudo
c). Horizonte temporal
d). GEE a incluir
e). Requisitos da qualidade de dados
f). Pressupostos e exclusões
2. Definição da metodologia a aplicar
a). Escolha da metodologia adequada em função do objetivo principal do estudo
b). Adequação da informação e dados necessários aos requisitos da metodologia
3. Elaboração do cálculo
a). Recolha e sistematização de informação relativa à atividade/organização/produto/cadeia de valor que seja objeto da análise
b). Validação de dados
c). Quantificação de emissões de GEE
4. Elaboração do report
a). Construção do documento de report adequado ao objetivo principal do estudo
Clara Moura, Consultora da XZ Consultores, SA
A XZ Consultores está empenhada em apoiar os seus clientes e parceiros na inventariação das emissões de GEE associadas às suas atividades.
Contem connosco, seguimos as vossas pegadas!