Os portugueses, num frio e chuvoso inverno, foram recentemente confrontados com notícias inesperadas, recebidas com muita prudência, para não referir desconfiança: a nossa moribunda economia, depois de alguns anos em coma induzido, dá sinais, débeis mas sustentados, de recuperação.
As exportações continuam a crescer, o desemprego a diminuir, o consumo privado a aumentar, a bolsa a apresentar sistemáticos resultados positivos, as falências a diminuir, o crédito bancário a alimentar os projetos empresariais, mas o endividamento publico, mais de 120% do nosso PIB sem considerar a divida das empresas públicas, e o privado ainda continua a ser demasiado elevado e com tendência para crescer pelo menos até 2018.
Destacamos três aspetos na análise desta tendência que, esperamos, se mantenha:
A Europa tem fechar as suas fronteiras, deixar de se assumir como o doente que, em estado terminal, não aceita novas terapêuticas, que todos quer ajudar com os argumentos sociais, que no contexto atual, não devem constituir uma prioridade.
Para os nossos governantes europeus, um desempregado europeu é diferente de um desempregado nuns pais oriental. Este tem de ser ajudado, facilitando e estimulando a criação de postos de trabalho no respetivo país, reforçando importações, …. O primeiro tem de ser subsidiado e encaminhado para o sistema social.
Todos esperamos que a nossa economia continue a crescer, reconhecendo que mais de 10% dos atuais desempregados dificilmente regressarão ao mercado de trabalho, mas sem crescimento o nosso principal recurso, jovens fortemente qualificados, continuarão a abandonar o nosso país, sangrando a nossa débil e envelhecida sociedade.
Júlio Faceira Guedes
XZ Consultores SA