Antecipar ou reagir: Como gerir?

Num mundo em permanente mudança, no qual os ciclos tecnológicos são cada vez mais curtos, a redução do tempo de vida dos produtos sistematicamente reduzida, a internet das coisas cada vez mais presente no nosso quotidiano, os valores e os objetivos das organizações fortemente influenciados pela ânsia de resultados no curto prazo, os desafios climatéricos cada vez mais marcantes, a “janela de oportunidade”, durante a qual as empresas inovadoras asseguram o retorno do seu investimento nas atividades de I&D, fortemente atacada pelos principais concorrentes, o insucesso dos novos produtos lançados no mercado a atingir valores alarmantes, os gestores são confrontados com um dilema: antecipar ou reagir.

A resposta é obviamente dependente de um conjunto de variáveis que caracterizam o mercado, o modelo de negócio, os valores, a estrutura organizacional, …, de cada empresa, sendo evidente que a resposta enquadra sempre um maior, ou menor, risco, ambição, disponibilidade para ir além do conhecimento atual, …

Muito provavelmente os gestores mais prudentes dirão que, a cada momento e contexto, a decisão poderá ser uma ou outra, reconhecendo que nenhuma das abordagens é, no plano mais abstrato, melhor ou pior do que a outra e que qualquer uma das duas pode implementar-se de uma forma inovadora e indutora de valor para a organização.

Os cemitérios do mundo empresarial estão cheios de empresas que quiseram “antecipar”, mas também de outras que se limitaram a assumir o papel de “seguidoras”.

Não podemos negar que deste ultimo grupo, que por vezes é injustamente acusado de se limitar a “copiar”, fazem parte empresas extraordinárias, dinâmicas, competitivas, socialmente responsáveis, que não limitaram a sua opção a “copiar”, mas sim a inovar a partir do novo produto lançado no mercado por um dos seus concorrentes.

O debate está aberto, e como em todos, as opiniões dos especialistas dividem-se.

Júlio Faceira Guedes, Administrador da
XZ Consultores, SA

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