Abordagem simplificada à ISO DIS 9001: 2015
Sistemas de Gestão
Continua o crescimento da nova Norma ISO 9001 e a versão de pré projeto da norma já nos permite confirmar as principais alterações, que naturalmente poderão ser consolidadas em março de 2015 com a versão final de pré projeto (FDIS).
Confirma-se a nova estrutura das normas de gestão da ISO constituída pelos seguintes pontos:
- Âmbito
- Referências
- Termos e definições
- Contexto da Organização
- Liderança
- Planeamento
- Suporte
- Operação
- Avaliação do desempenho
- Melhoria
Tal como se confirma uma alteração nos princípios de gestão da qualidade, que sendo menos permitiram uma maior consistência e objetividade:
- Focalização no Cliente
- Liderança
- Gestão de Pessoas
- Gestão por Processos/Abordagem Sistêmica
- Melhoria
- Processo de tomada de decisão baseada em fatos
- Colaboração na cadeia de valor.
Confirma-se igualmente que a nova norma irá:
- Aumentar a confiança na capacidade da organização fornecer produtos e serviços conformes, e com isto, melhorar o grau de satisfação e de confiança dos clientes.
- Manter a não aplicabilidade de alguns requisitos. Não fazendo referência expressa a “exclusões” continuará a existir requisitos que a organização poderá avaliar a sua aplicabilidade.
- Continuar a diminuir a exigência formal de requisitos documentados, dando cada vez mais importância ao desempenho, por exemplo, não existe referência ao Representante da Direção, mas não deixa de ser evidente o papel cada vez mais ativo que é imposto à Direção.
- Reforçar a focalização da organização não só nos clientes mas também na estratégia, incluindo uma cláusula para o estabelecimento da estratégia e a identificação das necessidades e expetativas das partes interessadas, que podem ser:
- Clientes;
- Acionistas;
- Trabalhadores da Organização;
- Fornecedores;
- Quaisquer outros interessados.
- Substituir os termos “documento” e “registo” por “informações documentadas”, sem mudança ou adição significativa de novos requisitos relacionados com a documentação.
- Substituir o termo “produto” por produto e serviços.
- Introduzir o conceito de “conhecimento”, que deve ser mantido, protegido e disponibilizado.
- Introduzir a necessidade de identificar, verificar, proteger e salvaguardar a propriedade de fornecedores externos, mantendo-se tal necessidade para a propriedade dos clientes, sem mudança ou adição significativa de novos requisitos.
- Melhorar continuamente a eficácia do sistema de gestão de qualidade, identificando áreas de fraco desempenho ou oportunidades a explorar e utilizando sempre que necessário ferramentas e metodologias aplicáveis à investigação das causas do mau desempenho. Os riscos e as oportunidades na realização de objetivos, de produtos e serviços (satisfação do cliente ou projetos) ou de processos devem ser identificados e determinados.
- Por último, substituir o conceito de ação preventiva por uma abordagem baseada no risco. Apesar de não haver qualquer exigência para uma gestão de risco, realizada de forma formal, é evidente a necessidade de adotar um pensamento baseado no risco. Esta será certamente a alteração mais visível e que maior impacto provocará nos sistemas de gestão da qualidade, muitas vezes mais preocupados com a certificação do que com a gestão da qualidade.
José João Cordeiro, Consultor
XZ Consultores SA
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